sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

MAX WEBER (1864-1920) – O sentido da ação humana

MAX WEBER (1864-1920) – O sentido da ação humana

Sociólogo alemão foi professor de economia e participou da comissão que redigiu a Constituição da República de Weimar. Weber é considerado um dos mais importantes pensadores modernos, fundou a disciplina chamada Sociologia da Religião.
Para Weber, o objeto da Sociologia é o sentido da ação humana individual que deve ser buscado pelo método de compreensão, baseado no estudo da mente humana. Max Weber concebeu a pessoa humana como um ser capaz de agir e que não é passivo frente às forças da natureza. A sociedade para Weber constitui um sistema de poder, pois as relações cotidianas, de classes, empresarial, por exemplo, se deparam com o fato de que o indivíduo tem condição de impor sua vontade a outros. Weber elabora os fundamentos de uma sociologia compreensiva ou interpretativa. Ao contrário de Durkheim, Weber não pensa que a ordem social tenha que se opor e se distinguir dos indivíduos como uma realidade exterior a eles, mas que as normas sociais se concretizam exatamente quando se manifestam em cada indivíduo sob a forma de motivação

Principais obras: A ética e o espírito do capitalismo (1905), Economia e sociedade (1922) publicada após sua morte. 

ÈMILE DURKHEIM (1858-1917) – OS FATOS SOCIAIS

ÈMILE DURKHEIM (1858-1917) – OS FATOS SOCIAIS

Sociólogo francês lecionou Sociologia e Pedagogia na Sorbonne de Paris. É considerado o fundador da sociologia moderna, foi um dos primeiros a estudar mais profundamente o suicídio, que, segundo ele, é praticado na maioria das vezes em virtude de desilusão do indivíduo com relação ao seu meio social.
Para Durkheim, o objeto da sociologia são os fatos sociais, os quais devem ser estudados como coisas. Os fatos sociais consistem em maneiras de agir, de pensar e de sentir exteriores ao indivíduo. A sociedade não é simples soma de indivíduos, e sim sistema formado pela associação, que representa uma realidade específica com seus caracteres próprios. Nada se pode conduzir de coletivo se consciências particulares não existirem, é necessário que as consciências estejam associadas, combinadas de determinada maneira.
O sistema sociológico de Durkheim baseia-se em quatro princípios:
1. A Sociologia é uma ciência independente das demais Ciências Sociais e da Filosofia.
2. A realidade social é formada pelos fenômenos coletivos.
3. A causa de cada fato social deve ser procurada entre os fenômenos sociais que o antecedem.
4. Todos os fatos sociais são exteriores ao indivíduo, formando uma realidade específica.
Segundo Durkheim, o homem é um animal que só se humaniza pela socialização.

Suas principais obras: A divisão do trabalho social (1893), As regras do método sociológico (1894), O suicídio (1897).
KARL MARX (1818-1883) - OS INDIVÍDUOS E AS CLASSES SOCIAIS


 Filósofo e economista alemão estudou na Universidade de Berlim, interessando-se pelas idéias do filósofo Hegel. Em 1842 assumiu o cargo de redator-chefe do jornal alemão Gazeta Renana, onde tinha uma postura política de um liberal radical. Em Paris conheceu Friedrich Engels, com quem escreveria vários ensaios e livros. Em 1847, redigiu com Engels o Manifesto Comunista, primeiro esboço da teoria revolucionária, que mais tarde seria chamado marxismo. No Manifesto, Marx convoca o proletariado à luta pelo socialismo. Os primeiros socialistas foram chamados por Marx de utópicos porque, apesar de criticarem o capitalismo e promoverem vários modelos de socialismo comunitário, não indicaram com clareza o caminho para a sociedade como um todo. Karl Marx, ao contrário, procurou interpretar o movimento geral da sociedade através do materialismo histórico ou dialético, e realizou a mais profunda análise do capitalismo feita até hoje, sem deixar de indicar caminhos para a ação política. Fundou em 1864, a Associação Internacional dos Trabalhadores, chamada depois de Primeira Internacional dos Trabalhadores com objetivo de organizar a conquista do poder pelo proletariado em todo o mundo. Em 1867, publicou o primeiro volume de sua obra mais importante, O Capital, em que faz uma crítica ao capitalismo e à sociedade burguesa.Marx é o principal idealizador do socialismo e do comunismo revolucionário. O marxismo, conjunto de idéias político-filosóficas, propunha a derrubada da classe dominante, através de uma revolução do proletariado, criticava o capitalismo e seu sistema de livre empresa. Propunha uma sociedade na quais os meios de produção fossem de toda a coletividade.
         Suas principais obras: O capital (1948); manifesto Comunista (1947); a miséria da Filosofia.


AUGUSTO COMTE (1798-1857) – A ORDEM E O PROGRESSO NA SOCIEDADE

AUGUSTO COMTE (1798-1857) – A ORDEM E O PROGRESSO NA SOCIEDADE


 Isidore Auguste Marie François Xavier Comte, filósofo e matemático francês, foi o fundador do Positivismo e “pai da Sociologia”, criou uma nova ciência para estudar a humanidade, chamou-a de física social, em 1828. Em 1839, mudou o termo para Sociologia.
Em 1826, começou a elaborar as lições do Curso de Filosofia Positiva. Em 1842, publicou sua grande obra: Curso de Filosofia Positiva, constituída de seis volumes. A partir de 1846, toda sua obra passou a ter um sentido religioso, deixou de ser católico e fundou a Religião da Humanidade, mudando as teorias reacionárias da Igreja da época.

Para Comte, a Sociologia procura estudar e compreender a sociedade, para organizá-la e reformá-la depois. Os estudos da sociedade deveriam ser feitos com espírito científico e objetividade. Positivismo é a doutrina criada por Augusto Comte que sugere a observação científica da realidade, cujo conhecimento viabilizaria o estabelecimento de leis universais para o progresso da sociedade e dos indivíduos. Comte acreditava ser possível observar a vida social por meio de um modelo científico, interpretando a história da humanidade, e a partir dessa análise, criar um processo permanente de melhoria e evolução. O lema da Bandeira Nacional “Ordem e Progresso”, criado por Benjamin Constant, é de inspiração comtista.

Grupos sociais e Processos sociais

Grupos sociais e Processos sociais

PROCESSOS SOCIAIS
São as formas pelas quais os indivíduos se relacionam uns com os outros, ou seja, as formas de estabelecer as relações sociais. Os processos sociais estão presentes em toda a sociedade, por exemplo: quando um grupo de pessoas se organiza para limpar uma casa; quando uma pessoa assimila, mesmo que inconscientemente, a forma de falar de outra; quando um país entre em guerra com outro; etc. Se partirmos do pressuposto de que cada indivíduo é singular, ou seja, cada um possui suas próprias crenças, valores e ideologias em relação a tudo ao seu redor, concluímos que os tipos de processos sociais estabelecidos entre as pessoas irão depender de cada um. A tendência natural dos seres vivos é de se associarem e desassociarem conforme seus interesses.
        Processo social é qualquer ação entre dois ou mais agente sociais – indivíduos, grupos, agregados etc. -, contribuindo para aproximá-los ou afastá-los uns dos outros. Por esta razão, os processos sociais são classificados em coesivos ou positivos, os que contribuem para aproximar os agentes sociais, de um lado, e, de outro, disjuntivos ou negativos, os que contribuem para afastar os agentes sociais.
           O processo social mais importante é a interação. Todos os processos sociais são diferentes tipos de interação. Por isto, a interação é o processo social geral.
INTERAÇAO SOCIAL
É um processo pelo qual dois ou mais indivíduos entram em contato, estabelecendo-se entre eles uma relação de interinfluência que leva a modificações no comportamento de ambos. . A interação é o processo de influência recíproca ou unilateral entre dois ou mais agentes sociais. A influência entre os agentes sociais é recíproca quando os agentes estão fisicamente próximos entre si, em contato direto, ou quando há, de qualquer modo, a possibilidade de reação por parte de todos os agentes envolvidos no processo: quando converso com uma pessoa, seja em contato face a face, seja por telefone, ou mesmo quando me comunico com alguém através de carta, por exemplo.
           É por meio da socialização que a espécie humana se integra entre si ao grupo em que nasceu, absorvendo o conjunto de hábitos, costumes e regras característicos de seu grupo. Nossa socialização acontece quando participamos da vida em sociedade, assimilando todas as suas principais características. Tendo por definição que quanto mais coerente for a socialização, mais sociável ele tenderá a ser. Com a constante evolução humana, a forma atual de sociabilidade absorve características diferentes da sociedade antes do século XXI. O tribalismo é uma das formas de expressão dos novos tipos de sociabilidade. Exemplos de tribos são os punks, os surfistas, os skinheads, as torcidas organizadas de futebol, gangues da periferia urbana, ente outros. São as afinidades ou interesses momentâneos em comum que fazem com que se reúnam. São diversas as tribos que estão surgindo conforme a evolução da sociedade e as tecnologias do século XXI, uma das mais polêmicas é a das comunidades virtuais que habitam o ciberespaço, dando origem a um novo tipo de sociabilidade. Enfim, tudo o que envolve a sociabilidade e a socialização depende da identificação e da predisposição de cada indivíduo, sendo da natureza humana a necessidade de estar e participar de um grupo social.
Comunicação, forma importante de interação, fundamental para o ser social e para a cultura.
ISOLAMENTO SOCIAL
 É a ausência de contatos sociais com outras pessoas ou grupos, devido a fatores físicos, psíquicos, culturais ou sociais.
           Podem ser apontadas como causas do isolamento, enquanto processo social consistente na falta de contato ou de comunicação entre grupos ou indivíduos: a) fatores segregadores de caráter geofísico (montanhas, vales, florestas, pântanos, rios, oceanos), quando os meios de comunicação e os transportes de que dispõe a comunidade são rudimentares; b) prisões solitárias, no sistema penitenciário; c) voluntariedade no isolamento como no caso dos eremitas; d) diferenças biológicas tais como raça, sexo, idade; e) defeitos físicos podem provocar o isolamento funcional; f) diferenças culturais podem resultar no isolamento psíquico como o que ocorre entre o cientista e o analfabeto; g) fatores culturais como a língua, costumes provocam o isolamento individual.
           Como conseqüências do isolamento há: se o indivíduo é isolado nos primeiros anos de vida, anteriormente ao processo de socialização, ou seja, a criança afastada inteiramente do convívio de outros seres humanos, tornar-se-á o chamado homo ferus, como o caso das “meninas-lobo”; se o isolamento não é total, decorre a mentalidade retardada; se o indivíduo for isolado depois de socializado, ocorre a diminuição das funções mentais, podendo chegar à loucura, sendo constatadas em prisioneiros e também entre eremitas; já quanto ao grupo o isolamento praticamente nada altera, em relação aos seus costumes, posto que deveras cristalizados ao longo do processo histórico compartilhado.
           INTERATIVIDADE = Situação marcada pela possibilidade de trocas de informação simultâneas e acessso imediato a qualquer parte do mundo por intermédio da rede mundial de computadores.
           CONTATO SOCIAL = É a base da vida social, o passo inicial para que ocorra qualquer associação humana. “Contato social, aspecto primário e fundamental, do qual dependem os outros processos ou relações sociais
          RELAÇAO SOCIAL = São um conjunto de interações que agregam os indivíduos, unindo-os em um todo.
Os processos sociais se distinguem em associativos, quando os indivíduos estabelecem relações positivas, de cooperação e de consenso; e dissociativos, quando as relações estabelecidas são negativas, de oposição, de divergência, etc.

           Os processos associativos são: cooperação, acomodação e assimilação. Na cooperação diferentes indivíduos cooperam entre si para alcançar um objetivo em comum. Acomodação é o processo onde um indivíduo se contenta, sem satisfação, com a situação que é imposta por um outro indivíduo ou pela sociedade. Assimilação é o processo que ocorre quando indivíduos de grupos antagônicos se tornam semelhantes.
PROCESSOS SOCIAIS ASSOCIATIVOS : ASSIMILAÇAO, ACOMODAÇAO, COOPERAÇÃO
   Adaptação, acomodação e assimilação, fatores associativos que sucessivamente propiciam um certo grau de adesão e conformidade às normas estabelecidas
ADAPTAÇÃO - certo grau de adesão e conformidade às normas estabelecidas, que varia com a margem de liberdade e de autonomia que o meio social permite ao indivíduo.
 ACOMODAÇAO--- É aquele pelo qual o individuo ou o grupo se ajusta a uma situação de conflito. Trata-se de uma solução superficial do conflito, pois este continua latente, isto pode voltar a se manifestar.
ASSIMILAÇAO -- É a solução definitiva e mais ou menos pacifica do conflito social. Trata-se de um processo de ajustamento pelo qual os indivíduos ou grupos antagônicos tornaram-se semelhantes.
COOPERAÇÃO - Cooperação, é uma relação baseada na colaboração entre indivíduos ou organizações, no sentido de alcançar objetivos comuns, utilizando métodos mais ou menos consensuais. A cooperação opõe-se, de certa forma, à competição. Contudo, o desejo de competir com outros do mesmo grupo no sentido de obter um estatuto mais elevado é, por vezes, considerado como catalisador da acção cooperativa. Da mesma forma, os indivíduos podem organizar-se em grupos que cooperam internamente e, ao mesmo tempo, competem com outros grupos. Cooperação, requisito indispensável para a manutenção e continuidade dos grupos e sociedades.
OS PROCESSOS DISSOCIATIVOS
   Entre os processos dissociativos estão: competição e o conflito. Competição é a disputa de interesses entre indivíduos ou grupos sociais, regulada por “normas”, não havendo formas de violência ou força bruta. Diferentemente da competição, que não usa de meios violentos para a conquista do objetivo, o conflito é o processo que ocorre quando a competição ganha um grau de alta tensão social, podendo haver inclusive, violência ou ameaça de violência.
Competição e conflito, fatores dissociativos, que alteram as relações entre indivíduos e grupos, no seio da sociedade ou entre sociedades.
COMPETIÇÃO. Forma mais elementar e universal de interação, consistindo na luta incessante por coisas concretas, por status ou prestígio; é contínua, e geralmente inconsciente e impessoal. Competição:existe quando duas ou mais pessoas correm em conjunto, concorrem, visando alcançarem o mesmo objetivo. Neste sentido, é o mesmo que concorrência e que concurso. Implica a atividade rival de duas ou mais pessoas ou grupos, onde cada um, correndo na sua atividade, visa superar ou vencer o outro.
CONFLITO. Luta consciente e pessoal, entre indivíduos ou grupos, em que cada um dos contendores almeja uma condição, que exclui a desejada pelo adversário. processo de luta por valores e por reivindicações de status, poder e recursos escassos, em que o objetivo dos oponentes consiste em neutralizar, lesionar ou eliminar rivais. Exemplo:Conflitos interpessoais, intersetoriais, desentendimentos com clientes e com fornecedores fazem parte do dia-a-dia das organizações
AGREGADOS SOCIAIS
AGREGADOS Constituem uma reunião de pessoas frouxamente aglomeradas que, apesar da proximidade física, tem um mínimo de comunicação e de relações sociais. Apresentam as seguintes características: anonimato, não-organizada, limitado contato social, insignificante modificação no comportamento dos componentes, são territoriais e temporários. Os principais agregados são:
Manifestações publicas: ( agregados de pessoas reunidas deliberadamente com determinado objetivo );
Agregados residenciais: ( apesar dos seus componentes estarem próximos, mantêm-se relativamente estranhos; não há, entre eles, contato e interação e também não possuem organização );
Agregados funcionais: ( constituem uma zona territorial onde os indivíduos tem funções especificas );
Multidões: (agregados pacíficos ou tumultuosos de pessoas ocupando determinado espaço físico ).
 “Interação social é a ação social, mutuamente orientada, de dois ou mais indivíduos em contato. Distingue-se da mera interestimulação em virtude de envolver significados e expectativas em relação às ações de outras pessoas. Podemos dizer que a interação é a reciprocidade de ações sociais”.
“Nas sociedades estratificadas, a interação das camadas sociais entre si tende a ser só aparentemente solidária. Em tais sociedades, as relações entre as camadas sociais são antes um processo caracterizado pela desigualdade de poder, assim como pela diferença de interesses. Desse modo, dominação, de um lado, e submissão, de outro, são características preponderantes no processo de interação das classes umas com as outras, e o pacto social tende a resultar de arranjos temporários dos interesses e do poder relativo de barganha das diversas classes”.
.Adaptação, acomodação e assimilação, fatores associativos que sucessivamente propiciam um certo grau de adesão e conformidade às normas estabelecidas; a diminuição do conflito e o estabelecimento de um modus vivendi; a integração sócio-cultural entre indivíduos e grupos, no âmbito de uma sociedade”.
O símbolo está presente em todos os momentos de nossa vida, pois ele não se limita à palavra. A palavra é o símbolo por excelência mas não é a sua única expressão. A linguagem verbal, no entanto, é o mais importante instrumento de socialização. O símbolo verbal permite ao homem conduzir suas ações segundo situações, objetos e pessoas fisicamente distantes, assim como de acordo com acontecimentos passados ou hipoteticamente futuros; permite a transmissão de conhecimentos, técnicas e idéias em geral; permite, enfim, a elaboração de um universo de idéias paralelo e tão real quanto o ambiente e as pessoas. Por isto é tão rica de possibilidades a comunicação entre os homens. É, portanto, compreensível que o símbolo, sobretudo o verbal, seja tão importante para o processo de socialização e, em conseqüência, para a continuidade dos sistemas sociais.
Embora a socialização seja mais intensa durante a infância e a adolescência, é, no entanto, um processo permanente, porque, mudando de grupo e de posição social, os indivíduos têm de se adaptar a novas situações sociais e essa adaptação é feita através da aprendizagem de novos modos padronizados de agir e mesmo de pensar. Ademais, todas as sociedades estão sempre se transformando, mudando os padrões de organização. As sociedades simples, como as sociedades indígenas, se transformam mais lentamente; as sociedades complexas, como as sociedades do tipo urbano-industrial, se transformam com mais rapidez. De qualquer modo, qualquer que seja o tipo de sociedade, ela está sempre em mudança. Isto requer do indivíduo, para que ele possa se adaptar às transformações do seu ambiente social, a assimilação dos novos padrões de comportamento desenvolvidos na sociedade.
É através da socialização que o indivíduo pode desenvolver a sua personalidade e ser admitido na sociedade. “A socialização é, portanto, um processo fundamental não apenas para a integração do indivíduo na sua sociedade, mas também para continuidade dos sistemas sociais”.
“Ao nos referirmos às relações sociais, devemos compreendê-las em seus aspectos dinâmicos. Os indivíduos, através das relações sociais, podem aproximar-se ou afastar-se, dando origem a formas de associação ou dissociação. A este aspecto dinâmico damos o nome de processo social”.
No processo social, podemos ver um aspecto primário, fundamental, que é o contato social. Essa denominação de primário ou fundamental deriva do fato de que dependerão do contato todos os outros processos ou relações sociais. Podemos dizer que o contato é a fase inicial da interestimulação, e que as modificações resultantes são denominadas de interação. É importante fazer uma distinção, no que se refere aos contatos, entre os meios físicos e o significado, isto é, a transmissão de idéias, valores e atitudes. Os meios físicos são apenas os instrumentos: o aperto de mão, o sinal de cabeça, o assobio, o piscar de olhos (meios físicos, porque fundamentados em percepções sensitivas, através dos sentidos da visão, olfato, audição e tato) significam algo, pois são atribuídos significados específicos, convencionais, a esses elementos. Verificamos que o importante no contato social não é apenas o estímulo-reação, mas a interpretação, o aspecto social do contato que está baseado na comunicação de significados”.
Podem ser apontadas como causas do isolamento, enquanto processo social consistente na falta de contato ou de comunicação entre grupos ou indivíduos: a) fatores segregadores de caráter geofísico (montanhas, vales, florestas, pântanos, rios, oceanos), quando os meios de comunicação e os transportes de que dispõe a comunidade são rudimentares; b) prisões solitárias, no sistema penitenciário; c) voluntariedade no isolamento como no caso dos eremitas; d) diferenças biológicas tais como raça, sexo, idade; e) defeitos físicos podem provocar o isolamento funcional; f) diferenças culturais podem resultar no isolamento psíquico como o que ocorre entre o cientista e o analfabeto; g) fatores culturais como a língua, costumes provocam o isolamento atitudinal.

A própria natureza humana exige que os homens se agrupem. A vida em sociedade é condição necessária à sobrevivência da espécie humana.
Desde o início, os homens têm vivido juntos, formando agrupamentos, como as famílias, por exemplo. Para o sociólogo Karl Mannheim, os contatos e os processos sociais que aproximam ou afastam os indivíduos provocam o surgimento de formas diversas de agrupamentos sociais, de acordo com o estágio de integração social. Tais formas são os grupos sociais e os agregados sociais.
Vamos analisar inicialmente os grupos sociais: aqueles que, devido aos contatos sociais mais duradouros, resultam em formas mais estáveis de integração social. Nos grupos sociais há normas, hábitos e costumes próprios, divisão de funções e posições sociais definidas. Como exemplos temos: a família, a escola, a Igreja, o clube, o Estado etc.
Grupo social
 É a reunião de duas ou mais pessoas, associadas pela interação, e, por isso, capazes de ação conjunta, visando atingir um objetivo comum.
O indivíduo, ao longo de sua vida, participa de vários grupos sociais.

Os principais são:

• Grupo familial - família;
• Grupo vicinal - vizinhança;
• Grupo educativo - escola;
• Grupo religioso - Igreja;
• Grupo de lazer - clube, associação;
• Grupo profissional - empresa;
• Grupo político - Estado, partidos políticos.


As principais características de um grupo social são:
• Pluralidade de indivíduos - há sempre mais de um indivíduo no grupo;
• Interação social - no grupo, os indivíduos comunicam-se uns com os outros;
• Organização - todo grupo, para funcionar bem precisa de uma certa ordem interna;
• Objetividade e exterioridade - os grupos sociais são superiores e exteriores ao indivíduo, isto é, quando uma pessoa entra no grupo, ele já existe; quando sai, ele continua a existir;
• Conteúdo intencional ou objetivo comum - os membros de um grupo unem-se em torno de certos princípios ou valores, para atingir um objetivo de todo o grupo; a importância dos valores pode ser percebida pelo fato de que o grupo geralmente se divide quando ocorre um conflito de valores; um partido político, por exemplo, pode dividir-se quando uma parte de seus membros passa a discordar de seus princípios básicos;

Consciência grupal ou sentimento de "nós" - são as maneiras de pensar, sentir e agir próprias do grupo; existe um sentimento mais ou menos forte de compartilhar uma série de idéias, de pensamentos, de modos de agir; um exemplo disso é o torcedor que, quando fala da vitória de seu time, diz: "Nós ganhamos";

• Continuidade - as interações passageiras não chegam a formar grupos sociais organizados; para isso, é necessário que elas tenham uma certa duração; como exemplo, temos a família, a escola, a Igreja etc.; há; porém, grupos de duração efêmera, que aparecem e desaparecem com facilidade, como, por exemplo, o mutirão.
Tomando por base a classificação dos contatos em primários e secundários, os grupos sociais podem ser classificados em:
• Grupos primários - são aqueles em que predominam os contatos primários, isto é, os contatos mais pessoais, diretos, como a família, os vizinhos, o grupo de brinquedos etc.;
• Grupos secundários - são os grupos sociais mais complexos, como as igrejas e o Estado, em que predominam os contatos secundários; os contatos sociais, neste caso, realizam-se de maneira pessoal e direta mas sem intimidade -, ou de maneira indireta, através de cartas, telegramas,telefone,etc.;
• Grupos intermediários - são aqueles em que se alternam e se complementam as duas formas de contatos sociais (primários e secundários).Um exemplo deste tipo de grupo é a escola.



A Organização da Sociedade

A Organização da Sociedade

MOBILIDADE SOCIAL


Numa sociedade como a nossa , é comum vermos Médicos, engenheiros, garis, ou seja, os mais variados tipos de classe sócia. Ao conjunto de indivíduos com situação social e econômica semelhantes, nós damos o nome de: classe social, pois os indivíduos que compõem uma determinada classe possuem a mesma situação econômica e financeira. Por exemplo: a classe dos banqueiros tem como característica, os membros ricos. Já a classe dos garis, os membros pobres. A posição social que o indivíduo ocupa na sociedade em que vive, é chamada de status social. Para cada status social equivale um papel social, ou seja, a função que o indivíduo desempenha dentro do status que ele adquiriu na sociedade. Por exemplo: O status de policial lhe dá o papel de zelar pela segurança pública.
Na sociedade capitalista, um indivíduo pode mudar de classe social. Quando muda-se de classe social, acontece a mobilidade social, ou seja, a passagem do indivíduo de uma classe social para outra. A mudança de classe pode se dar de duas formas: vertical ou horizontal.  A mobilidade vertical é aquela em que o indivíduo muda de uma classe para outra diferente daquela que ele estava. Pode ser para uma classe superior, ou para uma inferior. Ex: de funcionário pra dono de fábrica, ou vice-versa. Quando a mobilidade vertical e dá de uma classe inferior para outra superior, dizemos que houve uma mobilidade vertical ascendente. Quando a mobilidade vertical se dá de forma negativa, ou seja, de uma classe superior (dono de fábrica) para outra inferior (funcionário), dizemos que houve uma mobilidade vertical descendente. Mobilidade horizontal é aquela em que o cidadão continua progredindo no seu status social, porém no mesmo nível ou área que ele já atuava. Ex; Um dono de supermercado que se torna dono de uma rede de supermercados. Ele continua progredindo, mas sem sair da classe que ele começou.
Na sociedade indiana não há mobilidade social, pois o sistema de castas do país é um sistema social fechado, onde não se pode misturam membro de classes diferentes. Na sociedade
socialista também é raro haver mobilidade social. Dependendo do país ou a época que considera-se as camadas sociais recebem nomes diferentes: na Idade Média, as camadas sociais eram chamadas de estamentos. Na índia, são chamadas de castas; na sociedade capitalista atual chamamos de classes sociais.
ESTRATIFIFAÇÃO SOCIAL
Na sociedade capitalista como a do Brasil, a sociedade está divida em várias classes sociais, em outra como Cuba, Vietnã não ocorre isso pelo fato de serem paises de sistema socialista em não se baseia na divisão da sociedade em camadas. Quando uma sociedade encontra dividida em camadas dizemos que há estratificação social. Estratificação social consiste em distribuir os membros de uma sociedade em diferentes camadas. Considerando os diversos países e diferentes épocas, e das sociedades a estratificação social se mostra da seguinte forma:



Sociedade capitalista – Na sociedade capitalista há duas camadas básicas: a burguesia ( dona dos meios de produção) e o proletariado ( vende a força de trabalho). Pode haver mobilidade social vertical ou horizontal.
                  
                      
 Sociedade indiana – na sociedade indiana as castas são fixas, não havendo chance de mobilidade social.

 


         Brâmanes ( líderes religiosos, sacerdotes)
 


Xáritas (comerciantes)
Vaixás ( guerreiros, polícia)
 Sudras( servos)  

            Sociedade feudal -  Durante a Idade            

         

A Cultura

 A Cultura

 Do ponto de vista das ciências sociais (isto é, da sociologia e da antropologia), sobretudo conforme a formulação de Tylor, a cultura é um conjunto de ideias, comportamentos, símbolos e práticas sociais artificiais (isto é, não naturais ou biológicos) aprendidos de geração em geração por meio da vida em sociedade.  Essa definição geral pode sofrer mudanças de acordo com a perspectiva teórica do sociólogo ou antropólogo em questão. De acordo com Ralph Linton, “como termo geral, cultura significa a herança social e total da Humanidade; como termo específico, uma cultura singifica determinada variante da herança social”. Assim, cultura, como um todo, compõe-se de grande número de culturas, cada uma das quais é característica de certo grupo de indivíduos.
Do ponto de vista da Antropologia - esta ciência entende a cultura como a totalidade de padrões aprendidos e desenvolvidos pelo ser humano. Segundo a definição pioneira de Edward Burnett Tylor, sob a etnologia (ciência relativa especificamente do estudo da cultura) a cultura seria "o complexo que inclui conhecimento, crenças, arte, morais, leis, costumes e outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade". Portanto corresponde, neste último sentido, às formas de organização de um povo, seus costumes e tradições transmitidas de geração para geração que, a partir de uma vivência e tradição comum, se apresentam como a identidade desse povo.
O uso de abstração é uma característica do que é cultura: os elementos culturais só existem na mente das pessoas, em seus símbolos tais como padrões artísticos e mitos. Entretanto fala-se também em cultura material (por analogia a cultura simbólica) quando do estudo de produtos culturais concretos (obras de arte, escritos, ferramentas, etc.). Essa forma de cultura (material) é preservada no tempo com mais facilidade, uma vez que a cultura simbólica é extremamente frágil.
A principal característica da cultura é o chamado mecanismo adaptativo: a capacidade de responder ao meio de acordo com mudança de hábitos, mais rápida do que uma possível evolução biológica. O homem não precisou, por exemplo, desenvolver longa pelagem e grossas camadas de gordura sob a pele para viver em ambientes mais frios – ele simplesmente adaptou-se com o uso de roupas, do fogo e de habitações. A evolução cultural é mais rápida do que a biológica. No entanto, ao rejeitar a evolução biológica, o homem torna-se dependente da cultura, pois esta age em substituição a elementos que constituiriam o ser humano; a falta de um destes elementos (por exemplo, a supressão de um aspecto da cultura) causaria o mesmo efeito de uma amputação ou defeito físico, talvez ainda pior.
Além disso, a cultura é também um mecanismo cumulativo. As modificações trazidas por uma geração passam à geração seguinte, de modo que a cultura transforma-se perdendo e incorporando aspectos mais adequados à sobrevivência, reduzindo o esforço das novas gerações.
Um exemplo de vantagem obtida através da cultura é o desenvolvimento do cultivo do solo, a agricultura. Com ela o homem pôde ter maior controle sobre o fornecimento de alimentos, minimizando os efeitos de escassez de caça ou coleta. Também pôde abandonar o nomadismo; daí a fixação em aldeamentos, cidades e estados.

MUDANÇA CULTURAL

A cultura é dinâmica. Como mecanismo adaptativo e cumulativo, a cultura sofre mudanças. Traços se perdem, outros se adicionam, em velocidades distintas nas diferentes sociedades.
           Dois mecanismos básicos permitem a mudança cultural: a invenção ou introdução de novos conceitos, e a difusão de conceitos a partir de outras culturas. Há também a descoberta, que é um tipo de mudança cultural originado pela revelação de algo desconhecido pela própria sociedade e que ela decide adotar.
           A mudança acarreta normalmente em resistência. Visto que os aspectos da vida cultural estão ligados entre si, a alteração mínima de somente um deles pode ocasionar efeitos em todos os outros. Modificações na maneira de produzir podem, por exemplo, interferir na escolha de membros para o governo ou na aplicação de leis. A resistência à mudança representa uma vantagem, no sentido de que somente modificações realmente proveitosas, e que sejam por isso inevitáveis, serão adotadas evitando o esforço da sociedade em adotar, e depois rejeitar um novo conceito.

ACULTURAÇÃO
No âmbito da sociologia, o termo aculturação designa um processo pelo qual duas ou mais culturas diferentes, entrando em contacto contínuo entre si, originam mudanças importantes numa delas ou em ambas. Um dos mais claros exemplos desse processo pode ser visto com relação às comunidades indígenas brasileiras. No começo do século XX, as autoridades oficiais acreditavam que a ampliação do contato entre brancos e índios poderia, em questão de décadas, extinguir as comunidades indígenas. Contudo, o crescimento das comunidades indígenas – a partir da década de 1950 – negou o prognóstico do início daquele século. Dessa forma, devemos compreender que a cultura é um processo dinâmico e aberto em que hábitos e valores são sistematicamente reformulados. Por isso, a idéia de aculturação não pode ser vista como o fim de uma cultura, pois não há como pensar que um mesmo grupo social irá preservar os mesmos costumes durante décadas, séculos ou milênios. A cultura de um povo, para manter-se viva, deve ser suficientemente livre para conduzir suas próprias escolhas, inovações e permanências.     O 'ambiente' exerce um papel fundamental sobre as mudanças culturais, embora não único: os homens mudam sua maneira de encarar o mundo tanto por contingências ambientais quanto por transformações da consciência social.A cultura é dinâmica. Como mecanismo adaptativo e cumulativo, a cultura sofre mudanças. Traços se perdem, outros se adicionam, em velocidades distintas nas diferentes sociedades. Dois mecanismos básicos permitem a mudança cultural: a invenção ou introdução de novos conceitos, e a difusão de conceitos a partir de outras culturas. Há também a descoberta, que é um tipo de mudança cultural originado pela revelação de algo desconhecido pela própria sociedade e que ela decide adotar. A mudança acarreta normalmente em resistência. Visto que os aspectos da vida cultural estão ligados entre si, a alteração mínima de somente um deles pode ocasionar efeitos em todos os outros. Modificações na maneira de produzir podem, por exemplo, interferir na escolha de membros para o governo ou na aplicação de leis. A resistência à mudança representa uma vantagem, no sentido de que somente modificações realmente proveitosas, e que sejam por isso inevitáveis, serão adotadas evitando o esforço da sociedade em adotar, e depois rejeitar um novo conceito.O 'ambiente' exerce um papel fundamental sobre as mudanças culturais, embora não único: os homens mudam sua maneira de encarar o mundo tanto por contingências ambientais quanto por transformações da consciência social.

As Origens da Sociologia

As Origens da Sociologia


Os principais pensadores sociais lançaram seus estudos em detrimento à Revolução Industrial, durante, ou logo após o seu surgimento. Por isso, a Sociologia e as demais ciências sociais têm sido consideradas produtos da Revolução Industrial e da Revolução Intelectual. O progresso industrial capitalista demandou um notável desenvolvimento da ciência e da técnica. Inúmeras pessoas dedicaram longos anos a estudar a vida em sociedade, procurando descobrir seus segredos e tornar mais claras as relações que existem entre os homens. A Revolução Industrial modificou as relações sociais e econômicas na Europa, fazendo surgir vários filósofos sociais que procuraram analisar diversas áreas da sociedade mudando as sociedades da época e as futuras.

AUGUSTO COMTE (1798-1857) – A ORDEM E O PPROGRESSO NA SOCIEDADE

 Isidore Auguste Marie François Xavier Comte, filósofo e matemático francês, foi o fundador do Positivismo e “pai da Sociologia”, criou uma nova ciência para estudar a humanidade, chamou-a de física social, em 1828. Em 1839, mudou o termo para Sociologia.
Em 1826, começou a elaborar as lições do Curso de Filosofia Positiva. Em 1842, publicou sua grande obra: Curso de Filosofia Positiva, constituída de seis volumes. A partir de 1846, toda sua obra passou a ter um sentido religioso, deixou de ser católico e fundou a Religião da Humanidade, mudando as teorias reacionárias da Igreja da época.
Para Comte, a Sociologia procura estudar e compreender a sociedade, para organizá-la e reformá-la depois. Os estudos da sociedade deveriam ser feitos com espírito científico e objetividade. Positivismo é a doutrina criada por Augusto Comte que sugere a observação científica da realidade, cujo conhecimento viabilizaria o estabelecimento de leis universais para o progresso da sociedade e dos indivíduos. Comte acreditava ser possível observar a vida social por meio de um modelo científico, interpretando a história da humanidade, e a partir dessa análise, criar um processo permanente de melhoria e evolução. O lema da Bandeira Nacional “Ordem e Progresso”, criado por Benjamin Constant, é de inspiração comtista.
KARL MARX (1818-1883) - OS INDIVÍDUOS E AS CLASSES SOCIAIS


 Filósofo e economista alemão estudou na Universidade de Berlim, interessando-se pelas idéias do filósofo Hegel. Em 1842 assumiu o cargo de redator-chefe do jornal alemão Gazeta Renana, onde tinha uma postura política de um liberal radical. Em Paris conheceu Friedrich Engels, com quem escreveria vários ensaios e livros. Em 1847, redigiu com Engels o Manifesto Comunista, primeiro esboço da teoria revolucionária, que mais tarde seria chamado marxismo. No Manifesto, Marx convoca o proletariado à luta pelo socialismo. Os primeiros socialistas foram chamados por Marx de utópicos porque, apesar de criticarem o capitalismo e promoverem vários modelos de socialismo comunitário, não indicaram com clareza o caminho para a sociedade como um todo. Karl Marx, ao contrário, procurou interpretar o movimento geral da sociedade através do materialismo histórico ou dialético, e realizou a mais profunda análise do capitalismo feita até hoje, sem deixar de indicar caminhos para a ação política. Fundou em 1864, a Associação Internacional dos Trabalhadores, chamada depois de Primeira Internacional dos Trabalhadores com objetivo de organizar a conquista do poder pelo proletariado em todo o mundo. Em 1867, publicou o primeiro volume de sua obra mais importante, O Capital, em que faz uma crítica ao capitalismo e à sociedade burguesa.Marx é o principal idealizador do socialismo e do comunismo revolucionário. O marxismo, conjunto de idéias político-filosóficas, propunha a derrubada da classe dominante, através de uma revolução do proletariado, criticava o capitalismo e seu sistema de livre empresa. Propunha uma sociedade na quais os meios de produção fossem de toda a coletividade.
         Suas principais obras: O capital (1948); manifesto Comunista (1947); a miséria da Filosofia.

ÈMILE DURKHEIM (1858-1917) – OS FATOS SOCIAIS

Sociólogo francês lecionou Sociologia e Pedagogia na Sorbonne de Paris. É considerado o fundador da sociologia moderna, foi um dos primeiros a estudar mais profundamente o suicídio, que, segundo ele, é praticado na maioria das vezes em virtude de desilusão do indivíduo com relação ao seu meio social.
Para Durkheim, o objeto da sociologia são os fatos sociais, os quais devem ser estudados como coisas. Os fatos sociais consistem em maneiras de agir, de pensar e de sentir exteriores ao indivíduo. A sociedade não é simples soma de indivíduos, e sim sistema formado pela associação, que representa uma realidade específica com seus caracteres próprios. Nada se pode conduzir de coletivo se consciências particulares não existirem, é necessário que as consciências estejam associadas, combinadas de determinada maneira.
O sistema sociológico de Durkheim baseia-se em quatro princípios:
1. A Sociologia é uma ciência independente das demais Ciências Sociais e da Filosofia.
2. A realidade social é formada pelos fenômenos coletivos.
3. A causa de cada fato social deve ser procurada entre os fenômenos sociais que o antecedem.
4. Todos os fatos sociais são exteriores ao indivíduo, formando uma realidade específica.
Segundo Durkheim, o homem é um animal que só se humaniza pela socialização.
Suas principais obras: A divisão do trabalho social (1893), As regras do método sociológico (1894), O suicídio (1897).

MAX WEBER (1864-1920) – O sentido da ação humana

Sociólogo alemão foi professor de economia e participou da comissão que redigiu a Constituição da República de Weimar. Weber é considerado um dos mais importantes pensadores modernos, fundou a disciplina chamada Sociologia da Religião.
Para Weber, o objeto da Sociologia é o sentido da ação humana individual que deve ser buscado pelo método de compreensão, baseado no estudo da mente humana. Max Weber concebeu a pessoa humana como um ser capaz de agir e que não é passivo frente às forças da natureza. A sociedade para Weber constitui um sistema de poder, pois as relações cotidianas, de classes, empresarial, por exemplo, se deparam com o fato de que o indivíduo tem condição de impor sua vontade a outros. Weber elabora os fundamentos de uma sociologia compreensiva ou interpretativa. Ao contrário de Durkheim, Weber não pensa que a ordem social tenha que se opor e se distinguir dos indivíduos como uma realidade exterior a eles, mas que as normas sociais se concretizam exatamente quando se manifestam em cada indivíduo sob a forma de motivação
Principais obras: A ética e o espírito do capitalismo (1905), Economia e sociedade (1922) publicada após sua morte.